Teste do pezinho

Teste do Pezinho

O primeiro exame clínico feito na vida de um bebê é o chamado Teste do pezinho, também conhecido como Triagem neonatal. É um teste gratuito feito em todas as maternidades e postos de saúde da rede pública do Estado de São Paulo.Esse teste pode diagnosticar mais de 35 doenças (anomalias congênitas) que por ventura podem acometer esse ser tão frágil, que acaba de nascer.
Caso sejam detectadas doenças que não demonstrem sintomas é possível fazer, antecipadamente, o tratamento delas e assim evitar que se tornem irreversíveis.A importância desse teste na vida de um recém- nascido é tão grande, que ele ganhou até um dia para ser lembrado: Dia 6 de junho!
Em São Paulo, esse exame passa por três fases que detectam 3 doenças:
A. Fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito – Essas doenças não têm cura , podem levar à deficiência mental,mas com o diagnóstico precoce a criança pode levar uma vida normal.O tratamento das duas doenças citadas é bem diferente:a fenilcetonúria necessita de uma dieta especial, principalmente em relação ao leite e o Hipotireoidismo congênito é tratado com pequenas doses de hormônio.
B. Doenças falciformes - Transmitida pelos pais, e afeta, diretamente as células do sangue, comprometendo sua circulação. A alterações das células não é uma doença, mas quando o pai e a mãe possuem traço falcêmico, o bebê pode nascer com doença falciforme. O traço e a doença podem ser detectados pelo teste do Pezinho. Essa doença não tem cura. O diagnóstico precoce melhora a qualidade de vida da criança.
O teste do pezinho é feito a partir de uma picada (punção) rápida e quase indolor no calcanhar do recém-nascido, que é uma região extremamente vascularizada. As gotas de sangue são recolhidas em um papel filtro especial. As amostras são secas e enviadas ao laboratório para o processamento dos exames. O tempo ideal para fazer esse teste é no 2º dia de vida, mas se não for possível, até o 7º dia de nascimento do bebê. O teste é obrigatório.
O resultado pode ser pego no mesmo local onde foi feita a coleta de sangue e deve ser levado ao pediatra para avaliação. Caso conste algum problema é pedido um novo teste para confirmação do dignóstico. Os bebês pré-maturos têm que voltar ao hospital depois de 30 dias para uma nova etapa de exames.

Localização
da punção
no calcanhar
do bebê.

Quantidade de sangue
colhida no papel
(preenchimento do círculo
com saturação)


Papel filtro especial


Coleta com seringa ou escalpe

Suporte
de
secagem

No Brasil esse teste se tornou obrigatório desde 1992, mas infelizmente, ainda não alcança todos os bebês do nosso país. Existem laboratórios que diagnosticam um nº maior de patologias. Os pais que quiserem um exame mais detalhado, chamado de ampliado, terão que fazê-lo em laboratórios particulares. Toda criança deve ter o nº DNV (declaração de nascido vivo).
Com esse número é possível obter as seguintes informações: data e hora do nascimento, nome e endereço do hospital em que o bebê nasceu, sexo, raça, peso,etc.
Índice de Apgar e presença de malformação congênita ou anomalia cromossômica e informações maternas (*) como: nome, idade, endereço da residência, idade, estado civil, escolaridade, ocupação, nº de filhos anteriores, duração da gestação, tipo de gravidez, tipo de parto e nº de consultas de pré-natais.
*Índice de Apgar é um sistema de avaliação aplicado no recém–nascido no 1º e 5º minuto de vida, que é calculado através de uma tabela com 5 dados de referência: freqüência cardíaca, respiração, tônus muscular, cor e irritabilidade reflexa. Esse sistema foi introduzido em 1952, pela Dr.ªVirgínia Apgar e é o mesmo aplicado nos dias de hoje.
Foi determinado pela Secretaria Municipal da Saúde da Cidade de São Paulo que a partir de 02 de outubro de 2006, o nº DNV deve constar em todas as certidões de nascimento desse estado. Essa medida é de grande valia, pois, o acompanhamento da Triagem Neonatal se dá mais próximo e ganha responsabilidade e atitude social em relação à mamãe e ao bebê.